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segunda-feira, 23 de março de 2009


Vivemos num mundo em crise, mas nem nos apercebemos bem da profundidade e gravidade desta crise. Vivemos num mundo onde cada um não vale por si mas vale sim pelo que consegue consumir. Os governos tornam-se cada vez mais instrumentos dos grandes grupos económicos e acabámos por fazer do Capital o bezerro de ouro, adorado e engordado a todo o custo, sem pensar na nossa saúde e na saúde do nosso planeta. Exploramos exaustivamente os recursos da terra tudo em prol de um crescimento económico desenfreado, a gânancia tornou-se em modo de vida, o consumismo tornou-se na principal fonte da nossa felicidade. Uma felicidade triste que não nos alimenta, vivemos cada vez mais isolados, sós, tentando a todo o custo satisfazer o nosso ego com montes de tralhas que compramos, mostrando que somos de valor num sistema em que se vale pelo que se pode comprar e não pelo que somos verdadeiramente. Há que parar,´a vida não precisa de ser tão complicada, a verdadeira felicidade está nas coisas simples mas está sobretudo nas pontes que consegues construir com os outros, a amizade e a partilha afectiva são a base do teu bem estar, e não o novo MP3 ou o novo telémovel todo xpto... Devíamos estar mais preocupados com os nossos amigos e sobretetudo com a nossa família mas deitamos tudo a perder,as nossas prioridades alteram-se e procuramos caminhos de vida cada vez mais facilitados onde podemos satisfazer o nosso egoísmo, onde não precisamos de ninguém, temos o nosso ordenado, a nossa independência e sem nos apercebermos cortamos com o outro porque pensamos já não precisar dele. Muito do que a humanidade aprendeu ao longo de séculos vai-se perdendo, hoje tenho o meu ordenado, a minha independência, posso ter sexo quase a um click de rato ou a um simples piscar de olhos numa discoteca, não preciso de um parceiro(a) fixo para me aborrecer, não preciso de filhos, se tiver é só um ou dois no máximo, vivo para me divertir, para viver a minha vidinha, dormir, trabalho, carreira, diversão e encho-me de tanta coisa, tanta coisa, o meu telemóvel novinho, o meu novo portátil, o meu Hi pod, isto aquilo o outro... Sou tão infeliz mas gosto de o ser porque me posso sempre empaturrar de coisas para me tentar esquecer de que o sou...

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