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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Palavras ao vento, espalhadas...

A nossa alma é maior do que aquilo que julgamos... muito maior! Tivémos muitos mestres do amor que nos ensinaram isso mas nós de uma maneira ou de outra acabámos por esquecer ou deturpar a verdade. Normalmente as palavras acabadas em ismo são perigosas e temos muitas, como comunismo, fascismo, cristianismo, budismo, islamismo, socialismo, anarquismo, capitalismo... todas elas acabam por nos marcar, umas pela negativa, outras pela positiva, depende da experência e percurso de vida, contextos, acontecimentos, que cada um carrega em si, há uma história pessoal diferente por cada chama viva... centelhas do mesmo fogo, da mesma força mas separadas por muros erguidos em suas próprias mentes... Em pleno século XXI, com as capacidades, competências, saberes, filosofias, ciências que temos para sermos a época do método cientifico, da objectividade, da solidariedade, da irmandade, da compreensão das religiões como fontes de amor e paz espiritual, constatar que estamos indo em sentido contrário entristece-me. Há um mesmo fogo que une cada centelha humana, então temos de nos perguntar porque raio esquecemos isso ou moldámos as nossas mentes com meias verdades deturpadas, acabamos por escolher sempre um ismo qualquer, enfiamos uma caixa e já não saímos daquela lente de observar o mundo, então passamos a opinar uma as coisas baseadas em deturpações, às vezes acertamos, a maior parte das vezes sai ao lado. Este século anunciava uma nova humanidade, marcada pela paz, pela solidariedade, falava-se em irradiação da pobreza, das guerras e da fome, falava-se em humanismo à boca cheia. este blogue nasceu dessa esperança, acreditava que a espiritualidade humana ia levar cada centelha a abrir a sua alma a uma nova dimensão, muito mais humana da coisa. Mas acho que nos perdemos algures. Não sei onde, mas algures as mentiras que estávamos a desmistificar voltaram em força. Até Quando raio vai a guerra de Abel e Caím durar? Porque temos de tomar sempre parte de um ponto de vista? de uma forma de ver as coisas e fecharmo-nos em copas nas densas ideologias que adóptamos nas nossas vidas, Basta! Parem com isso! E que tal se nos levarmos uns aos outros a olhar este mundo com seriedade, sem ismos, sem as duas cabeças, sem muros a separar... Nesta noite sinto os horrores do mundo, se soubéssemos o que somos e de que somos capazes teríamos a capacidade de encostar o ouvido no chão e escutar todas as dores humanas que percorrem o planeta, escutariam as lágrimas densas das almas arrancadas deste mundo e as das alamas dos oprimidos, vitimados, abandonados. Muitas lágrimas correm, a nossa aura tem baixado de intensidade, a futilidade conquistou a nossa alma... então somos fúteis, se te analisares com sinceridade verás que a tua alma se está a tornar fútil. O vigiai e orai do Mestre do Amor que levou a que entre hipócritas e santos fosse construído o cristianismo, acabou por se perder no denso pó de séculos, estamos a perder o dom de nos sensibilzarmos, de nos condoermos com as outras centelhas, o reino de justiça prometido nunca esteve tão longe de se tornar realidade, somos uma mentira, uma aberração manipulada presa à guerra dos egos. Que mundo triste este, dividido por muros ideológicos, sem se consciencializar que caminha para um abismo profundo. Sente-se o bater da mãe terra, o suave bater da mãe terra, calmo, triste, a sua vivbração está triste. Não está triste por ela, está triste pelo fogo, o grito de Cristo continua a ecoar na cruz. Mãe terra, eu choro contigo...