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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Advento



Continuo com medo da cruz Senhor, continuo mais cobarde do que antes e o medo do peso do madeiro é assustador. Queríamos o mundo à nossa maneira, dentro da nossa reduzida ideia de felicidade e se tivessemos tudo o que queriamos jamais prestariamos atenção ao teu sussurrar e ao teu enorme abraço que nos espera.
Vem Senhor Jesus, na aceitação da minha cruz e na visão da dor que existe nos que estão à minha volta, encontrei uma estranha doçura e um consolo que não consigo explicar.Vem, desce sobre mim que já abri a porta do meu coração com a chave da minha dor. Descobri que o teu maior encanto vem escondido nas lágrimas derramadas dos pequeninos. E como tenho sido pequeno, como tenho chorado no meu interior, silenciosamente. Tu, Senhor sabes as minhas dores e as minhas penas, mas também sabes as dores de tanta gente neste mundo que procura calar a sua angustia em tanta coisa e que quando se vê privada na finitude das coisas mergulha no desespero profundo. Vem Senhor, desce, acomoda-te nos aposentos da nossa alma e tranforma as nossas lágrimas na força que pensámos jamais vir a possuir.
Vem Senhor, não tardes a descer aos nossos corações, olha por nós, mostra-nos que a nossa dor tem um sentido e que não é em vão!